segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Sexta não choveu e o Sergião foi deverás fraco. Perto dos outros foi bem fraco. Mas valeu. Sábado não choveu. Ainda bem. Domingo não choveu. Ainda bem. Hoje não choveu. Amanhã não vai chover e depois de amanha tambem não. O frio não veio e nem o sol chegou pra valer. O céu continua roxo e o vento ainda está seco. O cachorro da vizinha não late e nem o telefone toca mais. Nada mudou. Eu apenas fechei a janela do meu quarto e abri a da sala agora. O lugar é o mesmo. A vista não. Aqui na sala eu consigo ver uma avenida e um jardim. Lá no quarto eu via um prédio e uma casa velha. Aqui na sala bate vento e os raios solares me brindam com um belo clarão logo cedo. La no quarto, a lua me fazia compania a noite. No quarto, não pegava tv e nem rádio. Mas tinha computador. Aqui na sala, a tv fica chiando e o radio só funciona AM. Não tem computador mas tem um retrato. Um retrato desses de 1,99 com uma foto caseira dentro. Eu olho pra ele o dia todo. Quando eu saio da sala, eu levo ele no bolso. Não mostro pra ninguem e ninguem sabe que eu tenho. Quando alguem vem me visitar, eu escondo dentro do travesseiro. Não por vergonha. Mas sim por medo. Medo. Só isso. Se eu sair do teu lado e caminhar rumo a saída, não se preocupe. Eu não mudei. Foi o mundo. E pode ficar tranquila. As minhas cartas sempre terão teu nome como destinatario. Isso não é uma promessa mas pode confiar. Se eu falo, eu falo. Lê ai e sorri. De canto. Mas sorri. Vou ali agora procurar uma van e preparar minha mala. Tem show. Show da vida. E eu vou. A gente se ve por ai. Tchau.

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