Eu já tentei. Já tentei ficar ao seu lado e não sorrir. Já tentei te avistar e não te chamar. Eu já tentei. Já lutei e relutei. Em vão. A vontade de gritar teu nome é grande e ultrapassa toda minha vontade de ficar em silêncio. A cada segundo, palavras ao seu redor são atiradas. As que lhe satisfaz, você guarda. As que não, voltam aqui e me fere de tal maneira que nunca mais volto a pronuncia-las. Minha caixa de cicatriz esta ficando cheia, e seus bolsos, vazios. Cuidado. Quando minha caixa lotar, eu precisarei usar teus bolsos como gaveta e tuas mãos como maçaneta. Cuidado. Eu estarei perto, e quando você menos esperar, irei te puxar pelos braços e te chamar para dançar. Você pode até não aceitar, mas eu seguirei teus passos. Pode esperar. Continuo aqui, sentado na mureta com a bermuda pingado. Fico quieto. Te observo. Você conversa com meia duzia de rapazes e eu finjo não ver. Não importa. Eu aguento ficar sentado.
E com mais essa carta, tua caixa de correio perde um pouco do pó guardado. Pode segurar teu cachorro porque amanha teu carteiro irá lhe trazer cartas novas. E anota ai, comprei muito selo ontem. Pode se preparar. Valeu vida. Valeu. Tchau.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário