segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Pronto. Sem mais delongas. Vou aqui. Continuar a escrever sem ler. Escrever sem ligar pra pontuação. E sem contar as linhas pra ver se deu o limite minino pra professora corrigir. Vou escrever o que der na telha. Brigando com o teclado. Brigando com a lógica. Escrever sem nem ligar se vai ligar. Se vai notar. Sem nem ler depois no final pra corrigir os erros. Vou apenas clicar em postar. Pois é. Olho pra frente e não vejo você. Ver. Ver vem do verbo ver que quer dizer enxergar. Enxergar que vem do verbo enxergar. Eu enxergo. Tu enxerga. Nós enxergamos. Mas cade o que enxergamos? Eu pelo menos não enxergo nada. Não vejo nada. Apenas escrevo. Mas ai que esta. Escrever o que se não enxergo nada. Seria bom. Seria fácil. Seria correto dizer. Mas dizer o que quando não se tem nada pra dizer. Pois só dizemos quando enxergamos algo. Quando sentimos algo. Mas não enxergo e nem sinto. Tudo o que sinto é aquele frio na barriga. Mas porque eu sinto? Tudo que eu vejo são aqueles buracos na estrada. Aquelas placas dizendo limite de tal municipio. Aquela que marca a distancia. E são justamente essas que não queria ver. Mesmo vendo. Não queria sentir isso. Mas sinto e sei que. Mesmo parado. A distanica duplica. Quadriplica. E não há nada. Nem ninguem capaz de me fazer perceber que na verdade eu aumento essa distancia só para quando chegar perto. Me orgulhar mais e mais do caminho percorrido. Me fazer lembrar daquele espinho que pisei. Daquela pedra que chutei. Daquele muro que desviei. E agora vejo que cansei. Cansei de aumentar essa distancia.Meu tenis esta gasto. E eu preciso chegar trajado. Os dias são curtos. Não posso passar a noite na estrada. Não posso. Não tenho mais celular pra pedir ajudar. Não tenho mochila pra carregar cobertor. Vou com a cara e com a caragem. Com a roupa do corpo. Com o violão nas costas decorando a letra da serenata. Vou que vou. Carregando no bolso a peça nova do brinquedo. Falando nisso. O que eu deixei ai foi meu brinquedo. Meu brinquedo de usar no dia-a-dia. Meu brinquedo predileto. Meu brinquedo que ficava guardado a sete chaver. Até hoje. Não sei porque eu levei ele. Mas levei. Quando cheguei estava dicidido a emprestar pra alguem. Mas em apenas 15min. Eu desisti. Guardei ele no meio das minhas roupas e cai de cabeça. Fiquei desacordado. Dizem que fiz coisas. Mas eu não posso afirmar. Rolam boatos que eu joguei os outros pra primeira fila e que disputaram uma corrida da esquina até o super-mercado. Mas ninguem ganhou. E eu só assisti. Antes de partir pra festa. Eu tirei o brinquedo da mochila e coloquei na escada. Não sei quem foi. Mas alguem viu e pegou ele. Eu até voltei pra pegar de novo. Mas tinham escondido ele de mim. Só sei de uma coisa. Se ele estiver com você. Eu deixo. Se foi pro lixo. Tudo bem. Ninguem gosta mais dele mesmo. Mas de uma coisa eu tenho certeza. O violão eu não toco mais. A pilha eu não recarrego mais. A musica eu não escuto mais. E nem voar eu quero mais. Só quero ficar aqui e lembrar da vaga lembrança do sentimento de ter deixado algo ai. Poesia. Não precisa me ver. Não precisa me dizer. Se ele estiver ai. Diga que esta e eu volto correndo pra buscar. Ou pra deixar eles de vez ai. Se não está. Diga que não esta. Tudo bem. Viverei sem ele até pegar o de alguem emprestado. Desculpa. Mas não consegui ser mais direto. Muito prazer. Meu nome é otário. Fica bem dia 27. Obrigado pela cooperação. SEM MAIS. Valeu você. Valeu. Valeu por me fazer sentir vivo. Valeu presidente. Valeu todo mundo. Gritaeeeeee mó vibe. Fica bem. Desculpa. Os dias são tão curtos. Não desisto de tentar. Eu sigo em frente rumando a direita. Voando. Tchau.
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Um comentário:
AEEEEEEEE GRITAEEEEEEEEEEE , boa.
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